quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ATÉ MAIS...

LEI NÚMERO 12.846/2013 - DÁ PARA CRER?

JORNAL CRUZEIRO DO SUL
EDITORIAL

"CULTURA DE CORRUPÇÃO"
Ainda são muitas as dúvidas sobre a aplicação da Lei Anticorrupção (lei nº 12.846/2013), que começou a vigorar ontem, e outras tantas perguntas só serão respondidas depois que sua aplicação for regulamentada. As incertezas e eventuais lacunas não afastam, no entanto, o mérito inegável do novo instrumento legal, que estende o combate à corrupção -- tradicionalmente focado nos agentes públicos -- para o ambiente corporativo, forçando as empresas a passarem em revista suas práticas e, mais que isso, a repensarem uma cultura de negócios voltada para o resultado a qualquer preço. 
Isso é possível porque a nova lei traz uma mudança de paradigma, ao introduzir a responsabilidade da empresa envolvida em ato de corrupção -- algo que as pessoas jurídicas têm evitado com relativa facilidade, alegando que não autorizaram qualquer irregularidade e deixando que a culpa recaia sobre funcionários. Pela nova lei, empresas que participarem de esquemas fraudulentos, independentemente de comprovação de culpa ou dolo, estarão sujeitas a punições que incluem a reparação total do dano causado, multa de até R$ 60 milhões ou 20% do faturamento bruto e até mesmo o fim das atividades. 

É claro que os efeitos saneadores da lei dependerão da disposição dos órgãos de controle para tirá-la do papel. Evidente, também, que alguns aspectos poderão ser questionados na Justiça, retardando por tempo indeterminado a aplicação de um ou mais dispositivos. Em especial o conceito da responsabilidade objetiva poderá gerar discussões -- mas a ideia de que uma pessoa jurídica, organizada legalmente para exercer uma ou mais atividades econômicas, não deva responder integralmente por aquilo que seus diretores e funcionários fazem não parece ter boas chances de prosperar nos tribunais. 
Grande parte dos escândalos conhecidos resulta de esquemas criminosos de fraudes em negócios e corrupção de agentes públicos, gestados diligentemente no âmbito de empresas privadas. Em muitos casos -- como teria ocorrido em licitações do Saae de Sorocaba e do Metrô de São Paulo, conforme investigações preliminares --, empresas que supostamente deveriam ser concorrentes se associam e formam cartéis para manipular licitações. Os valores das propostas são combinados previamente, de forma que a cada licitação uma integrante do grupo seja beneficiada com contratos, em geral superfaturados.
Fraudes em licitações estão entre as formas mais agressivas e escandalosas de crimes contra o setor público -- e certamente não são uma prática comum no mundo corporativo, havendo já muitas empresas que se preocupam em manter mecanismos internos de controle para evitar que seus diretores e funcionários saiam da linha. Mas, no contexto agressivo de negócios do mundo atual, em que as empresas se habituaram a impor metas e exigir resultados por vezes de maneira impiedosa e intimidadora, essas e outras irregularidades podem surgir como consequência natural das pressões exercidas.
É importante que as empresas sejam levadas -- se não por respeito às leis e à sociedade, ao menos para se prevenir contra processos ruidosos e punições rigorosas -- a repensar suas filosofias de trabalho, desde a forma como perscrutam novos clientes e negócios até os instrumentos utilizados para fazer com que seus executivos tragam bons resultados, passando por um controle maior sobre os procedimentos rotineiros, a definição de organogramas menos suscetíveis a distorções e a revisão do processo decisório, que precisa ser mais transparente.
É claro que sempre haverá os que optam por agir contra a lei e arriscar suas chances em grandes tacadas milionárias. Mas os que preferem um sono tranquilo à noite deverão se adequar, evitando que os deslizes de alguns acarretem castigos para todos.

Edição 30/01/2014

GANDHI FALOU:



A vida me ensinou que as pessoas 
são amigáveis se eu sou amável. 
As pessoas são tristes, se estou triste. 
Todos me querem, se eu os quero. 
Todos são ruins, se eu os odeio. 
Há rostos sorridentes, se eu lhes sorrio. 
Há faces amargas, se eu sou amargo. 
O mundo está feliz, se eu estou feliz. 
As pessoas ficam com raiva quando eu estou com raiva. 
As pessoas são gratas, se eu sou grato. 
A vida é como um espelho. 
Se você sorri para o espelho, ele sorri de volta. 
A atitude que eu tome perante a vida é a mesma que a vida vai tomar perante mim. 
Quem quer ser amado, ame. 
O caminho para a felicidade não é reto. 
Existem curvas, os equívocos. 
Há semáforos, os amigos. 
Há luzes e faróis, a família. 
Tudo se consegue se você possui um estepe, a decisão. 
Há um motor poderoso, o amor. 
Há um bom seguro, a Fé. 
Há um combustível abundante, a paciência. 
Acima de tudo o motorista habilidoso, Deus.

QUE SAUDADE DA CHUVA!

"ENQUANTO HOUVER AMIZADE"



ME CONVIDEM PARA UM "CASCÃO"!!!!



Com o calor que anda fazendo, não dá prazer nenhum pensar em convidar as amigas para um cafezinho regado a bolo de fubá. Mas estejam certas, queridas amigas, que há sempre disposição para tomar um sorvete.
Delícia CASQUINHA DE SORVETE!

E OS COMUNS QUEREM FICAR FAMOSOS

Com o objetivo de "rever os camaradas, ver as promoções, pegar um cinema, tomar um chope e paquerar umas gatinhas... sem violência", o enfermeiro Thiago Moreno, 30 anos, programou para o próximo dia 1º, das 14h às 21h, um "rolezinho" no Araçatuba Shopping, o primeiro na região. 

NA VERDADE, O ENFERMEIRO QUER SOLTAR A FRANGA OU O PASSARINHO QUE ESTÁ ESCONDIDINHO, MAS LHE FALTA CORAGEM E POR ISSO TEM DE "ARMAR-SE"?

ELA CONTINUA GOZANDO EM CIMA DE NÓS...




"No Brasil, as autoridades não estão obrigadas a cumprir as exigências que recaem sobre os brasileiros comuns."
Marta Suplicy

E O AVIÃO NÃO CAIU, APESAR DE LEVAR MARTA


Não foi exatamente tranquilo o início do vôo 455 da Air France que decolou de São Paulo para Paris. 

A responsável pela trepidação foi Marta Suplicy, que ia para a China, com escala em Paris. 
Ao embarcar, o casal Marta e Luis Favre relaxou e decidiu não passar pela revista de bagagem de mão feita por raios X. 
Os Favre furaram a fila da Polícia Federal. 
Vários passageiros se revoltaram. 
Marta respondeu que, no Brasil, as autoridades não estão obrigadas a cumprir as exigências que recaem sobre os brasileiros comuns
Os passageiros “não relaxaram” com a explicação. Continuaram a reclamar, mesmo com todos já embarcados. Deu-se, então, o inusitado: o comandante do Boeing 777, um francês, que mais parecia oficial da famosa e inesquecível “Legião Estrangeira”, daqueles soldados que ao cumprimentarem batem os calcanhares das botas e se inclinam respeitosamente, saiu da cabine do avião, chamou a segurança do aeroporto, mandou abrir as portas da aeronave, e avisou com voz solene, em português mas com forte sotaque francês, o seguinte: 
– Boa noite senhores passageiros. Aqui quem fala é o Comandante. Comunico que o avião não irá decolar enquanto o casal, um que se encontra na classe executiva e outro na primeira classe, não sair dos seus assentos e, levando duas bagagens de mão, passarem pelos equipamentos de raios-X. Os seguranças do aeroporto irão acompanhá-los até o local dos equipamentos. 
Marta Suplicy deixou seu assento na primeira classe (Favre estava na executiva) e, azul de raiva, com a cara de bunda, escoltada pelos seguranças foi cumprir a ordem do comandante. Nesse instante, os passageiros ‘relaxaram e gozaram’, com grande alarido, e aplaudiram o comandante. 
A viagem transcorreu num clima de festa para os passageiros, e de velório para a dupla de pobres arrogantes.

Por Lauro Jardim

PREFEITO BUSCA OUTRA PRIMEIRA DAMA

André Eler revelou na revista Veja, em abril de 2010, que o prefeito de Buri, Cláudio Romualdo Ú Fonseca, hoje com 57 anos de idade, acabara de se separar e que, sem perda de tempo, enviou anúncio para a rádio da cidade, dizendo que estava em busca de um novo amor.
Trechos da entrevista feita por André:

O senhor está procurando namorada pelo rádio? 
- O objetivo era divulgar para todo mundo que estou separado. Agora está cheio de mulher correndo atrás, uma loucura. Tem gente de 21 anos, de 30, 36, 60. Existe um estoque de mulher que não acha a cara-metade. 

O que o senhor colocou no anúncio? 
- Fiz questão de não falar em idade nem em cor. Ficou assim: "Precisa-se de primeira-dama que não fume, que levante cedo, não seja fofoqueira, neurótica nem mentirosa". 

Quantas candidatas apareceram? 
- Mais de setenta. Teve até uma moça de uma cidade próxima, que é assistente social, formada, trabalha na prefeitura... Mas, depois que eu escolher, vou fazer um apanhado e ligar para todas para dar satisfação. 

Teve alguma candidata de longe? 
- Teve de Brasília e até da Holanda – uma que nasceu aqui em Buri e foi para lá. Agora fiquei sabendo que tem uma candidata do Recife. Ela é juíza aposentada. Tomara que seja uma aposentada com 20 e poucos anos. 

Como é a sua mulher ideal? 
- Lógico que tem de ter boa aparência. Mas não adianta nada escolher uma com cara de artista que depois não levante cedo. E não quero loira burra, mas também não pode ser muito inteligente, senão eu fico para trás. 

De onde veio seu sobrenome Ú? 
- É um apelido de infância. Gosto tanto dele que o incorporei ao meu nome.


SERÁ QUE OS CIDADÃOS DE BURI TEM ORGULHO DO SEU PREFEITO?
É UM VERDADEIRO Ú!
AGORA, PASMEM!
ELE POSSUI CURSO SUPERIOR COMPLETO!

PRAÇA PÚBLICA, EM BURI, VIROU PRIVADA!


















Não vi nota alguma sobre o fato além do que li no site Buri Tem.
Na madrugada do dia 18 de janeiro, a cidade de Buri virou uma praça de guerra entre populares e o prefeito da cidade.
Simplesmente ridículo!
Num espaço reservado em plena praça da Matriz, aconteceu uma “balada” para cerca de 200 pessoas, cujo controle de acesso era feito através de pulseirinhas
Um elemento - de menor - querendo descartar uma garrafa de bebida já vazia, de vidro, perguntou ao prefeito, que também estava na farra, onde ele poderia encontrar uma lixeira, pois lhe pareceu não haver nenhuma por ali...
Foi aí que o prefeito começou a agir, estapeando o sujeito e até, segundo testemunhas, sua acompanhante, outra de menor.
Finalmente, os seguranças retiraram o menor de dentro da balada e fizeram a escolta do prefeito, mas aí começou uma pancadaria generalizada e alguns elementos conseguiram ainda agredir o chefe do Executivo local, levando-o ao chão.
O prefeito de Buri, Cláudio Ú Fonseca, separado desde 2010, busca desesperadamente por outra Primeira Dama.
Onde já se viu, senhor prefeito, autorizar esse tipo de ROLEZINHO  na sua cidade?
Mereceu apanhar mesmo!

O PORTAL QUE ESCONDE UMA CIDADE



A primeira visão de Sabino é deslumbrante.
O portal de entrada nos convida a conhecer alguma coisa inédita e inolvidável.
Mas não é nada disso.
Pouco mais de 5 mil almas vivem por ali, pacatas, como sói serem todas as criaturas do interior de São Paulo.
É atravessar a ponte, ver a prainha, entrar à direita, pegar a segunda à esquerda, ir até o fim da rua, daí, entrar para a esquerda, e ... acabou.
O que vale a pena em Sabino?
Contemplarmos o Rio Tietê, que ali se alarga inteirinho, como que rindo, maravilhosamente, protegendo-se da incivilidade dos paulistanos.
O que não vale a pena em Sabino?
No último dia 27 de janeiro, a Justiça Eleitoral diplomou seis novos vereadores que assumiram as cadeiras deixadas pela cassação dos 
anteriores devido a compra de votos; eles 
ofereceram dinheiro, remédios, cestas básicas, além de outros benefícios aos eleitores da cidade nas últimas eleições.
Vinte suplentes também foram cassados.
Além da perda do cargo, todos estão inelegíveis por oito anos e ainda terão que pagar uma multa no valor de quase R$ 25 mil cada um. 
Claro que ainda podem recorrer da decisão.
Outro fato em Sabino?
A prisão de um policial que possui um supermercado na cidade e que vendia carne sem inspeção.
GENTE DO INTERIOR TÁ FICANDO LADINA...


A FICÇÃO E A REALIDADE

Quando visitou o país, após a publicação de seu livro, Khaled Hosseini ficou chocado. 
- “Infelizmente, o que vi por lá era pior do que aquilo que imaginei e narrei. A destruição do país é impressionante, muito triste”, declarou em entrevista à revista Época. 
No livro (e no filme), o escritor é grato pela acolhida que teve nos EUA. 
Ao imaginar como poderia ter sido a vida do personagem Hassan, caso tivesse conseguido fugir para a América, escreve que o amigo estaria vivendo em um país “onde ninguém se importa com o fato de ele ser um hazara”. 
Essa visão, escancarada em todo o filme, mostra os soviéticos e os talibãs como seres monstruosos e pervertidos sexualmente, mas omite alguns “detalhes” históricos relacionados ao papel que os EUA tiveram no fortalecimento dos talibãs e na sua chegada ao poder. 
Assim como ocorreu com Saddam Hussein no Iraque (contra o Irã), os talibãs também foram aliados dos EUA (na luta contra os soviéticos). 
O civilizado e laico Ocidente foi cúmplice direto dos terríveis crimes cometidos pelos talibãs.
Fonte: Carta Maior.

DICA DE LEITURA:

Antes de ver o filme, leia o livro.
"O Caçador de Pipas" é um romance.
Romance que tem como foco a amizade entre duas crianças, Amir e Hassan, o primeiro rico e dependente do pai e o último, filho de um empregado do pai de Amir, analfabeto, mas corajoso e de muito bom coração.
Essas duas crianças vivem no Afeganistão.
Época: década de 70.
A amizade entre eles é devida ao gosto pela aventura e pelas pipas.
Durante um campeonato de pipas, acontece um fato que acaba separando-os definitivamente.
Uma traição?
Com a Guerra que eclode no Afeganistão, a família de Amir acaba perdendo muito e, para salvar suas vidas, seguem para os Estados Unidos, a fim de tentarem recuperar, ao menos, a dignidade.
Muito trabalho.
Amir casa-se e definitivamente estabelece-se no país.
O tempo passa... 
Mas quando há uma traição, existe uma pessoa infeliz.
E, justamente por essa culpa é que Amir volta, vinte anos depois, ao Afeganistão.
” O Caçador de Pipas”, é o primeiro romance de Khaled Hosseini.

NATUREZA VERSUS HUMANAÇÃO










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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

QUE SAUDADE DA CHUVA!


BRASILEIROS VENDEM SEXO NA INGLATERRA

"Não é que os brasileiros só querem fazer programa. São os clientes que só querem os brasileiros. Se for de outro país, não dá certo", é o relato de um prostituto que se encontra em Londres trabalhando que, não se querendo identificar, escolheu o nome de Renato. 
Ele está em Inglaterra desde 2012 fazendo programa a tempo inteiro.
Renato falou ainda que alguns tentam a sorte em trabalhos legítimos como hotéis, bares e restaurantes mas que mesmo esses acabam fazendo programa a tempo parcial. 
Outros, afirmou, chegam a Londres já com o objetivo de fazer sua vida vendendo sexo.


VÁ "BULIR" COM O DEMO!

O filho recém-nascido do governador Eduardo Campos (PSB), Miguel, foi diagnosticado com Síndrome de Down. 
A informação foi dada nesta quarta-feira, 29, pelo próprio governador, na sua página do Facebook: 
- "Hoje, os médicos confirmaram o que já estava pré-diagnosticado há algum tempo. Miguel, entre outras características que o fazem muito especial, chegou com a Síndrome de Down. Seja bem-vindo, querido Miguel. Como disse seu irmão, você chegou na família certa! Agora, todos nós vamos crescer com muito amor, sempre ao seu lado".

ESSE JUIZ, NO MÍNIMO É USUÁRIO!

Em decisão inédita, o juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Distrito Federal, absolveu um homem flagrado traficando 52 trouxas de maconha por considerar inconstitucional a proibição dessa droga. 
A sentença foi dada em outubro do ano passado, mas o caso ganhou repercussão na comunidade jurídica no último dia 16, quando o Tribunal de Justiça do Distrito Federal colocou a ação em pauta para analisar a apelação do Ministério Público. Ainda não há data para o novo julgamento.
Maciel partiu do princípio de que a Lei de Drogas, de 2006, não listou quais entorpecentes são ilícitos e deixou para o Ministério da Saúde (MS) a competência para fazer essa relação. 
O magistrado considerou incompleta a portaria ministerial de 1998 que indica quais substâncias são consideradas entorpecentes, entre elas o tetraidrocarbinol (THC) encontrado na folha da maconha. 
Para ele, o ministério deveria justificar porque incluiu o princípio ativo da erva em seu rol. Segundo Maciel, o órgão precisaria justificar a escolha da substâncias da lista F da portaria, que inclui o THC.
"A Portaria 344/98, indubitavelmente um ato administrativo que restringe direitos, carece de qualquer motivação por parte do Estado e não justifica os motivos pelos quais incluem a restrição de uso e comércio de várias substâncias, em especial algumas contidas na lista F, como o THC, o que, de plano, demonstra a ilegalidade do ato administrativo", afirmou o juiz, na sentença.
Estadão.

DOIS PARÂMETROS EM SÃO ROQUE



De um lado, a menina Ana Manuela Barci, que, num extremo ato de solidariedade humana, cortou seus longos cabelos para doá-los para a Associação Voluntária de Combate ao Câncer, de Barretos.
De outro lado, Ângela Munhoz, de 26 anos, sem profissão, que vende o corpo no programa mais imbecil da televisão brasileira, aliás, cópia do americano BBB.

TANCÃO DA MORTE OU DESOVA?

Cinco adolescentes foram encontrados mortos na tarde desta quarta-feira, 29, em um lago conhecido como Tancão da Morte, em Santo André, na Grande São Paulo. 
Segundo o Corpo de Bombeiros, um garoto de 16 anos, outro de 14 e os demais de 13 anos, morreram afogados.
Segundo a Prefeitura de Santo André, o local é um antigo banco de areia que foi inundado, é cercado e possui vigilância 24 horas. 
(AE)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

ATÉ MAIS...

ASSISTA



Acabei de assistir "Um Homem Comum", estrelado pelo carismático Ben Kingsley. 
O tema é bastante atual.
Já pensou se todos partirmos para uma trama como esta, quando percebermos que nossas autoridades perdem cada dia mais o controle sobre as mentes doentias que espalham o terror e não só em grandes cidades?
Só achei que Ben poderia ser mais dramático quando expõe seus motivos, quase no final do filme.
Condenar um homem que incorre numa ação dessas?
Daqui a algum tempo, com certeza, poderemos responder que não.

QUALÉ? ATÉ PAPAI GOSTA DE EUROS!

SANTOS - 
O pai de Neymar fez um pronunciamento nesta terça-feira, em Santos, para explicar a polêmica negociação que levou o seu filho ao Barcelona, em um acordo milionário que gerou uma investigação da Justiça espanhola e acabou sendo determinante para a renúncia de Sandro Rosell à presidência do clube catalão. 
Pouco depois, visivelmente exaltado ao garantir que agiu de forma honesta durante a negociação, Neymar da Silva Santos confirmou, em entrevista para a ESPN Brasil, que recebeu 40 milhões de euros como uma "indenização" na transação que fez seu filho desembarcar no Camp Nou em 2013.
Agência Estado.

FALOU BARBOSA:

"Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu". 
"Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu."
"A imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção. Pessoas condenadas por corrupção devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena".
"A imprensa tem de saber onde está o limite do interesse público. A pessoa, quando é condenada criminalmente, perde uma boa parte dos seus direitos. Os seus direitos ficam em hibernação, até que ela cumpra a pena."

BEM DITO, JOAQUIM BARBOSA!

GUARDA DE BANCO


Ontem compareci a uma agência bancária em Itapetininga.
Como banco é tudo igual, postei-me na fila, quando de repente notei uma garotinha que chorava muito, agarrada às pernas da mãe.
Aproximei-me da mãe, perguntando o motivo de tão convulsivo choro.
Ela me disse, desesperada:
- É o guarda que tá ali. Ela tem medo de polícia... 
Aí, fiquei pensando comigo mesma:
- Engraçado, né? Esses guardas de banco olham feio para a gente, metem medo em criancinhas, mas quando os bandidos invadem a sua agência e fazem a festa, eles viram borboletinhas.
Ou você já ouviu falar em guarda de banco herói?

COGITO:

São Vicente de Paulo dizia que dia feliz é aquele em que impedimos algum mal ou fizemos algum bem.
Do jeito que andam as coisas neste Brasil, logo não teremos mais forças para sustentar dias felizes.

A RAÍNHA E SEUS CONQUISTADORES

Brasília e Havana - 
Tratada como segredo de Estado pelo Palácio do Planalto, a passagem da presidente Dilma Rousseff por Portugal já estava confirmada e foi comunicada ao governo local na quinta-feira, o que contradiz o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, segundo quem a decisão de parar em Lisboa só foi tomada "no dia da partida" da Suíça, no sábado passado.


Dilma ficou na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, de quinta-feira a sábado. Seu destino seguinte, segundo a agenda oficial, seria Cuba, onde está nesta terça-feira. A presidente e sua comitiva, porém, desembarcaram em Lisboa, onde passaram o sábado e a manhã de domingo. Jantaram em um dos restaurantes mais badalados da cidade e se hospedaram nos hotéis Ritz e Tivoli - 45 quartos foram usados. Nada foi divulgado à imprensa.
Após o Estado revelar o paradeiro de Dilma no sábado, o Palácio do Planalto afirmou que se tratava de uma "parada técnica" não prevista. 
A versão foi dada primeiro pela ministra Helena Chagas (Comunicação Social), no fim de semana, e reiterada nesta segunda-feira por Figueiredo, em Havana.
Pela versão oficial, o plano era sair da Suíça no sábado, parar nos Estados Unidos para abastecer as duas aeronaves oficiais e chegar a Cuba no domingo. 
Mas o mau tempo teria obrigado a comitiva a mudar de planos na véspera e desembarcar em Lisboa.
Desde quinta, porém, o diretor do cerimonial do governo de Portugal, embaixador Almeida Lima, estava escalado para recepcionar Dilma e sua comitiva no fim de semana. 
Joachim Koerper, chef do restaurante Eleven, onde Dilma jantou em Lisboa com ministros e assessores, recebeu pedidos de reserva na quinta-feira.
O chef postou em uma rede social uma foto ao lado de Dilma no restaurante - um dos poucos de Lisboa a ter uma estrela no Guia Michelin, uma das mais tradicionais publicações sobre viagens do mundo.
Mal-estar. A divulgação da parada em Lisboa aborreceu Dilma e criou mal-estar quando ela desembarcou em Havana.
Nesta segunda, o ministro das Relações Exteriores foi destacado para falar à imprensa sobre o assunto. Primeiramente, repetiu a versão oficial: 
"Havia duas possibilidades: ou o nordeste dos Estados Unidos, ou parando em Lisboa, onde era o ponto mais a oeste do continente. Viu-se que havia previsão de mau tempo com marolas polares no nordeste dos Estados Unidos. Então houve uma decisão da Aeronáutica de que o voo mais seguro seria com escala em Lisboa".
Depois disse que cada um dos integrantes da comitiva presidencial que jantaram no Eleven pagou sua própria despesa. 
"Cada um pagou o seu e a presidenta, o dela, como ocorre em todas as viagens. Foi com cartão pessoal."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto se limitou a informar que, "por questões de segurança", "não tece comentários sobre detalhamentos das equipes, cabendo apenas ressaltar que elas são compostas a partir de critérios técnicos e adequadas às necessidades específicas previstas para cada viagem".
A ida de Dilma a Lisboa só passou a constar da agenda oficial da presidente às 13h50 de domingo, horário de Brasília, quase 24 horas depois de a presidente chegar à capital portuguesa.
Naquela hora a presidente já tinha decolado em direção a Havana.
Estadão.


CADÊ O TOICINHO DAQUI?


Pra lá foi, pra lá foi.
"Dilma inaugurou ontem a maior obra do governo Lula: o porto de Mariel. Em Cuba."

Cláudio Humberto

MARIA VICENTINA QUER CRECHE

As atividades do Banco de Alimentos de Piedade estão suspensas e não têm data para recomeçar. 
O motivo pegou todo mundo de surpresa: a prefeita Maria Vicentina (PSDB) retomou o prédio que sediava a ONG (Organização Não Governamental) que coletava hortaliças, frutas e outros excedentes da produção rural do município e doava a onze entidades filantrópicas locais.
O imóvel em questão, a escola desativada do Kai-kan, no Bairro da Liberdade, foi cedido ao Banco de Alimentos por meio do Decreto 4.991, assinado pelo ex-prefeito Geremias Pinto (PT) em 8 de janeiro de 2010. 
O documento estabelece a permissão de uso durante 20 anos, prorrogável por igual período, sem ônus para a entidade. O objetivo descrito no documento é assistência a pessoas em situação de insegurança alimentar e a entidades que atendem a essa parcela da população.
A notificação extrajudicial assinada pelo procurador jurídico municipal, Renato Lima Júnior, e pela assessora jurídica Caroline Marssaroto de Góes, datada de 14 de janeiro deste ano, alega que o prédio estava sendo utilizado para outros fins. Vistoria realizada pouco mais de uma semana antes – dia 6 – teria constatado que o local serviria apenas como depósito de carteiras escolares.
De acordo com determinação municipal, o Banco de Alimentos teria que desocupar o local no prazo “improrrogável” de cinco dias a partir do recebimento da notificação. Outra exigência é que o Banco não retire ou cobre pelas melhorias realizadas no imóvel. A ONG alega ter investido pouco mais de R$ 50 mil.
A diretoria do Banco de Alimentos pretende entregar as chaves da escola desativada à Prefeitura na segunda-feira (27), mas garante que não deixará as entidades sem mantimentos. “De antemão, podemos afirmar que as pessoas assistidas por nós não ficarão desprovidas, pois, ao contrario do governo de Piedade, nós cumprimos todos os acordos firmados”, afirma Tiago Almeida do Nascimento, presidente da ONG. Ele também explica que as carteiras encontradas no prédio são da Etec (Escola Técnica Estadual) e estavam guardadas provisoriamente no espaço da entidade.
Diretores e voluntários das instituições filantrópicas piedadenses tomaram conhecimento da decisão na quarta-feira (22), quando foram retirar as doações da semana. Desolados e não querendo acreditar no “retrocesso”, eles levaram para os seus assistidos cerca de 600 quilos de mantimentos. Eles comentaram que, antes do início do funcionamento do banco, em março de 2013, além das dificuldades que enfrentavam para comprar alimentos, todo aquele material doado ia, literalmente, parar no lixo.
A intenção da Administração Municipal ao desalojar o Banco de Alimentos é utilizar o prédio para a instalação de uma creche. 
Pelo menos é essa a justificativa que consta no e-mail encaminhado ao jornal pela assessoria da prefeita. 
Tiago, no entanto, não descarta motivação política para a atitude.
Leia o texto na íntegra no jornal Folha de Piedade.

A JUSTIÇA TRABALHA POR SI MESMA EM PIEDADE


Agnaldo Luiz de França Cruz, 25 anos, que era procurado pela Justiça, condenado por um crime de ameaça, faleceu no último dia 27, em Piedade, em decorrência de ferimentos causados durante uma briga. 
Conforme informações, o rapaz foi espancado e esfaqueado por alguns indivíduos desconhecidos na madrugada de domingo. Levado para a casa da mãe, esta chamou por socorro.
Atendido na Santa Casa de Misericórdia de Tapiraí, teve de ser transferido ao Hospital Regional de Sorocaba, onde veio a falecer.


LAVRADOR SEM SORTE

Um lavrador de 30 anos morreu afogado no bairro Amola Faca, em Piedade, na tarde do último domingo.
Chamava-se Marcos Rodrigo Furtado; foi socorrido por uma testemunha, Arthur de Moraes César, mas não resistiu e faleceu no local.
Fonte: Folha de Piedade



LAVRADORA SUJA O NOME EM PIEDADE

A lavradora C. S., 37 anos, foi detida no último sábado, em Piedade, após furtar um supermercado.
Com ela, a PM apreendeu três pedaços de bacon, quatro salsichas, um pacote com seis unidades de linguiça calabresa, três aparelhos de barbear, um frasco de inseticida, um amaciante e um pedaço de queijo meia-cura.
Presa em flagrante, pagou fiança no valor 700 reais e vai responder ao processo em liberdade.

Fonte: Folha de Piedade

"ALMANAQUE SÃO MIGUEL"

Dizia um grande filósofo que o Governo é parecido com o aparelho digestivo. Quando tudo vai bem, a gente nem sabe que existe.
Li isto no "Almanaque São Miguel", de 1954, ofertado pelo saudoso Cônego Francisco Ribeiro ao também saudoso Paulo Manuel Silva, conhecido como Paulico Brandão, o mais fino e elegante barbeiro que São Miguel Arcanjo já teve.
Esta relíquia me foi ofertada pelo seu filho, Paulo Manuel Silva Filho. 


Digo relíquia, porque traz a letra do nosso querido Padre Francisco (deu para ver?).
Editado em terras gaúchas, o Almanaque São Miguel 1954 traz um conto de Carmen Pinheiro Dias intitulado "O Outro Papai Noel"; uma entrevista de Joseph J. Sullivan com a primeira mulher na história a ver a canonização de uma filha: Signora Assunta Goretti, mãe da santa Maria Goretti; algumas pesquisas científicas sobre o mistério do Universo; uma história verdadeira sobre o náufrago ateu que encontrou a fé: trata-se de uma passagem na vida do capitão Eddie Rickenbacker, do coronel Hans C. Adamson e seis companheiros ( dentre eles o autor da narrativa, James C. Whittaker, ateu) que passaram 21 dias entre a vida e a morte em pequenas jangadas de borracha no sudoeste do Pacífico; Orpheu Spalding escreve sobre os mártires de Lião; Anacleto Ortigara fala sobre a aparição de Nossa Senhora em La Salette; um texto sobre Fátima; um texto do antigo radialista Guimarães Santos; pesquisas atuais sobre a China; estudos sobre o gaúcho ( suas lides, seus costumes e divertimentos); milagres de Cristo; cirurgia no coração; artigo de Steven M. Spender sobre o átomo; texto sobre Luiz Slotin, a primeira vítima da bomba atômica; texto de Fulton Sheen sobre o amor; estudos sobre os discos voadores; texto do padre Pedro Schneider; um conto de Cláudio J. Furtado; Sousa Costa conta passagens da vida de São Francisco de Assis; um conto de Gustavo Barroso; um conto de Coelho Neto; um texto de Gabriela Swinger Silveira; um comentário de Felipe Baleine sobre Júlio Verne, o profeta do século XX; um conto regional de Benito José Fattori; muita publicidade, alguns poemas, pensamentos célebres, piadas e passatempos. 
Voltando ao pensamento com o qual iniciei esta postagem, atrevo-me a dizer que o perigo existe sempre que o nosso aparelho digestivo estiver funcionando bem.
Viu só o quanto viajamos?
   

COGITANDO:

Os desejos, com o tempo, arrefecem-se, acabam mudando ou sendo substituídos e até mesmo esquecidos.
E quando é o tempo que nos entorpece?
Antes, cantávamos ao ver o sol de manhã, brilhando como uma nova flor a perfumar o dia.
Hoje, o calor do astro tornou-se tão máximo e desanimador que nosso desejo é vê-lo desaparecer no horizonte e rezar por uma chuva que nos cubra de infinito gozo.
A natureza não está para brincadeira.
Então, ao presenciar um tempo como o de agora, ficamos a imaginar como é a vida do pequeno sitiante, de sol a sol, carpindo, arando, matando cobras, jogando sementes à terra quase estorricada pelo sol escaldante, depois limpando de novo, arrancando as braquearas que teimam em nascer, fazendo promessas para ver, enfim, eclodir do chão o fruto do seu trabalho.
E o gado?
Mesmo que poucas cabeças, como sofrem na estiagem!
E o tempo, lá na frente, vai mostrando outras estações e volta a perigar no período das chuvas que não dão trégua ao trabalhador.
Aí, o sitiante perde tudo, porque até a casa dele vira lodo.
Concluímos que o Brasil mudou.
Que a natureza de hoje fez o Brasil mudar.
O antigo sitiante é só um idealista sonhador.
E neste Brasil não cabe mais sonhar.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

"DECIFRANDO O ROLEZINHO"

Denis Lerrer Rosenfield* - O Estado de S.Paulo

A questão dos rolezinhos não deixa de suscitar indagações, com diferentes atores políticos adotando posições segundo as suas próprias conveniências, como se se tratasse de um enigma difícil de decifrar. E assim é porque no Brasil tudo o que foge ao controle governamental ou coloca uma pequena dissidência em relação ao PT ou à mentalidade de esquerda reinante termina se apresentando como um "enigma".
Nas jornadas de junho foi mais fácil distinguir três momentos: a) primeiro, o das manifestações em sua irrupção, caracterizadas por autonomia e espontaneidade, configurando uma expressão legítima da sociedade dizendo não às péssimas condições de mobilidade urbana, saúde e educação. Ressaltava-se uma reação da sociedade, dizendo basta à corrupção e à malversação de recursos públicos; b) segundo, a instrumentalização desses grupos pelos movimentos sociais organizados - MST e organizações afins -, pela CUT e pelo PT, procurando apropriar-se do movimento; c) terceiro, a irrupção da violência, mais conhecida como ação dos black blocs, caracterizada pela ação radical de grupos de extrema esquerda tentando apresentar-se como os verdadeiros protagonistas.
A especificidade dos rolezinhos consiste em que os momentos a e b ocorreram quase simultaneamente, enquanto o c se encontra em gestação, podendo ou não surgir conforme o desenrolar dos acontecimentos. O momento a se caracterizaria pela participação, digamos, espontânea de jovens dos subúrbios, tentando "ocupar" os shopping centers como se fossem lugares públicos equivalentes a ruas e praças. Acontece que essas manifestações foram praticamente simultâneas às dos movimentos sociais organizados, como o dos sem-teto, um braço urbano do MST, e por diferentes grupos de extrema esquerda. Houve, por assim dizer, uma confluência entre esses dois processos, fazendo que coincidissem.
Note-se que nas jornadas de junho os jovens se manifestaram nas ruas, que é o local mais adequado para esse tipo de mobilização. Não houve, em seu primeiro momento, nenhuma conotação anticapitalista, mas, ao contrário, uma indignação apartidária com os governos federal, estaduais e municipais pela péssima qualidade dos serviços públicos. Ademais, havia uma clara insatisfação com os partidos políticos e os movimentos sociais organizados.
Agora há uma diferença essencial. As manifestações estão sendo feitas em shoppings, que são locais privados, empresariais. Isto é, os manifestantes, mesmo nos genuínos rolezinhos, apesar de gostarem de roupas de grife, já se dirigem a estabelecimentos privados apagando a distinção entre o público e o privado. De um lado, identificam-se com a economia de mercado e o consumo, procurando ter mais de seus produtos; são pró-capitalistas nessa perspectiva. De outro, não respeitam a propriedade privada.
Nesse sentido, eles se tornam massa de manobra de alto potencial de manipulação, pois são mais facilmente dirigidos contra um "símbolo" do capitalismo e do consumo, que é o caso dos shoppings. Observe-se que os representantes da esquerda governamental logo fizeram declarações contra a "discriminação racial", a favor dos "excluídos" que não seriam tolerados pelas "elites", contra os "conservadores", e assim por diante. Eles procuraram imediatamente colocar-se junto aos rolezinhos visando a cooptá-los e, na verdade, arregimentá-los para suas hostes. Estaria em curso um processo de apropriação dos rolezinhos na perspectiva dos movimentos sociais organizados, ao estilo sem-teto/MST, CUT, UNE e congêneres.
O que está hoje em foco é toda uma campanha de formação da opinião pública de parte desses grupos mais à esquerda, visando a criar uma mentalidade contrária aos shoppings que sirva de base às ações de ocupação/invasão. É como se os shoppings se colocassem de forma contrária à liberdade constitucional de ir e vir. Vejamos os termos dessa falácia.
Corredores de shoppings não podem ser equiparados a ruas ou praças. Os primeiros são locais que pertencem a empresas, os segundos são locais públicos. Não se pode confundir um locar com acesso público com um local público.
Se os corredores de shoppings são "ocupados" por grupos de centenas ou milhares de pessoas correndo de um lugar para outro, os frequentadores habituais desses estabelecimentos privados não têm mais nenhuma liberdade de ir e vir.
Corredores de shoppings não são pensados como locais para manifestações públicas, estão voltados para sua atividade-fim, que é comercial. Não se pode aplicar a eles a lógica das ruas e praças, que obedecem, isso sim, a outras finalidades.
Mesmo no caso de ruas, por exemplo, o poder público não permite que elas sejam aleatoriamente "ocupadas" por centenas ou milhares de manifestantes precisamente por impedirem a liberdade de ir e vir de outros cidadãos. Se isso não vale nem para as ruas, por que valeria para os shoppings?
Os tumultos ocasionados por essas manifestações em shoppings, além de desrespeitarem a liberdade de ir e vir de seus frequentadores habituais, podem suscitar medo em pessoas que lá passeiam com crianças. O mesmo se dá com idosos, que podem sentir-se ameaçados por jovens que correm de um lugar para outro.
Há uma questão da maior relevância, relativa à construção e arquitetura dos shoppings, planejados para serem visitados por um determinado número médio de pessoas, segundo um desenho específico. Não são pensados para abrigar manifestações públicas. Sua arquitetura não permite uma invasão de milhares de pessoas para correrem em seu interior, cantando e criando tumulto. Para esse efeito não importa que sejam jovens, idosos, brancos, negros, homens ou mulheres. Não há aí nenhuma questão de discriminação, mas tão somente de quantidade e de forma de manifestação.
Cuidado com a ótica ideológica, ela pode obliterar a visão!

*Denis Lerrer Rosenfield é professor de filosofia na UFRGS. E-mail:denisrosenfield@terra.com.br

"PORCA SONOLENTA"

ESTADO: Quantos inquéritos sobre desvios de recursos públicos estão em andamento?

LEANDRO DAIELLO: Dados de dezembro de 2013 mostram que estão em andamento 12.870 inquéritos policiais em todo o Brasil que apuram, inclusive, a prática de crimes que envolvem o desvio de recursos públicos. Importante salientar que este número representa mais de 10% de todas as investigações em curso na Polícia Federal, que totalizam 108.822 inquéritos policiais em andamento.

ESTADO: Quais as áreas do serviço público mais afetadas?

LEANDRO DAIELLO: São afetadas diversas áreas do serviço público conforme demonstram as nossas recentes operações especiais. E o mais importante é que após cada uma das investigações, é possível ao gestor público diagnosticar eventuais fragilidades na sua respectiva área e tomar medidas para aperfeiçoar os instrumentos de controle.

ESTADO: Historicamente, as organizações criminosas miram mais afoitamente os recursos da saúde e da educação. Por quê?

LEANDRO DAIELLO: Apesar de se observar desvios em diversas áreas da administração pública é importante salientar que a maior fatia dos recursos orçamentários das áreas da saúde e educação são descentralizados para milhares de prefeituras, as quais são responsáveis por sua aplicação no interesse da população. Desde 2011, a Polícia Federal instaurou mais de 3000 investigações contra prefeituras por mau uso de verba pública federal.

OBS: Leandro Daiello é Chefe da Polícia Federal.
Leia mais na coluna do Fausto Macedo, no Estadão.