terça-feira, 26 de setembro de 2017

UM PASSO PARA TRÁS NA MEMÓRIA DO BRASIL

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NAVE SEM DESTINO

- texto escrito por Luiz Válio Júnior, o Gijo Válio - 


"Sessenta milhões de cruzados. 

Pasmem, meus caros patrícios, essa importância ou mais, será gasta com 
as festividades programadas para a promulgação da nova Constituição Brasileira. 

Como se já não chegasse os gastos com os trabalhos dela. 

Assim vai o barco que conduz nossa Pátria às águas turvas. 

Vai levando a bordo os políticos, os mesmos que se expuseram à frente da televisão como atores de novelas. 

Regalias e mais regalias para eles, agora, festas, quando deveríamos assistir solenidades simples e que significassem tão somente atos efêmeros para uma passagem rápida quanto menos notados se possível para não dispor ainda mais o ridículo de tanta demagogia de uma tapeação que levou o povo brasileiro à mais dura decepção. 

Saímos de uma Ditadura que até ia bem com o João Figueiredo à frente, para ingressarmos numa Democracia recheada de interesses eleitoreiros, que está levando os ‘brasileiros e brasileiras’ à bancarrota, aos bolsos vazios, ao desequilíbrio total das suas economias, a não ser, é óbvio, aqueles que souberam e estão sabendo se aproveitar da situação: os muitos gananciosos e os velhacos, os muitos corruptos e mais alguns tipos de ‘upto’ inovado, os quais se acham grudados nas tetas governamentais nos meios políticos e nas delirantes delícias oferecidas pelas multinacionais que encostam muita gente a praticar o despatriotismo, melhor dizendo, o despotismo próprio em favor de sua causa quase tão somente. 

Quem poderá contestar essas barbaridades? 

Infelizmente, ninguém, pois o povo, o que vê e que sente tudo, está infestado das palhaçadas e se sente também no picadeiro, com a boca aberta, procurando alguma maneira de se distrair para não chorar. 

Para que mar nos estão levando esses barcos cujos ‘timoneiros’ estão embriagados de safadezas? 

Aonde chegaremos com essas naves impregnadas de castigos que deuses de algum céu jogaram em cima de nós? 

Acreditamos que ninguém, ninguém mesmo sabe. 

O nosso destino está e continuará obscuro até que surja algum herói de alguma montanha, de algum quartel e, de riste à frente, diga um basta a tudo isso. 

Enquanto isso, vamos depositando, de leve, bem de leve a nossa esperança nessa nova Constituição, sem acreditar, porém, nos que a fizeram. 

O melhor que poderemos fazer no momento é fecharmos os olhos às festividades em foco, mesmo porque elas se destinam indubitavelmente à promoção do velho cacique Ulisses Guimarães e sua tribo. 

Deus nos ajude a vencer tanto pessimismo!"

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